terça-feira, 23 de agosto de 2011

Carta Aberta ao Pr.Jabes Filho- Primeira Igreja Batista de Aracaju-Se

             
Transcrevo aqui email, recebido do estimado colega Pr.Jabes Filho, com referência a matéria amplamente publicada estes dias pela Folha de São Paulo e Revista Isto é , onde relata o crescente número de evangeelicos sem denominação em nosso País. Fiquei feliz pela posição lúcida e proveitosa ,explicitada pelo caro Pastor, que conheço a longos anos.
             Em seguida o conteúdo do email que lhes transmitir e a outros anexados,  nossos esclarecimentos e posicionamentos  pelo comentário escrito em nosso blog voturinho.blogspot.com, intitulado EMERGÊNCIA AOS EMERGENTES.                             
            Quero também sua manifestação e compreensão sobre o fato
                  
De:Jabes Nogueira Filho (jabesfilho@bol.com.br)
Enviada:terça-feira, 23 de agosto de 2011 15:47:39
               
      Não estou entre os "sem-igreja"

Neste último fim-de-semana li em um jornal paulistano uma matéria intitulada: "Cresce o número de evangélicos sem ligação com igreja". No texto, o articulista se propõe a analisar o resultado da POV (Pesquisa de Orçamentos Familiares) do IBGE que apresenta como resultado um salto de mais de quatro milhões de pessoas que, embora ainda se reconheçam dentro do espectro evangélico, declaram não ter vínculo com igreja alguma.

Depois de ler o texto jornalístico, aproveitei para surfar um pouco na Internet procurando algo sobre o tema e não foi difícil perceber que ele está bem comentado – assuntos assim sempre dão o que falar! Bem, como não é do meu feitio assumir posições acaloradas sobre assuntos da moda, então vou aproveitar este espaço para apenas declarar – já que não fui pesquisado pelo IBGE – que não estou entre os "sem-igreja".

          Pode continuar lendo em http://jnescrevinhando.blogspot.com
  Observação : Recomendo o blog:  jnescrevinhando.blogspot.com

                                                            Aracaju, 23 de Agosto de 2011    
Meu caro Pr. Jabes Filho
Nesta
Graça e Paz

O assunto em pauta, inclusive publicado na semana passada pela Folha de São Paulo e agora pela conceituada revista ISTO É, é uma realidade que nós lideranças evangélicas, temos que encarar com naturalidade as metamorfoses que ocorrem na sociedade a todo instante. Não é diferente também em nosso meio, que ainda não tivemos o privilégio de adentrarmos a Canaã Celestial, como lá estão familiares seus e meus, na Igreja Triunfante, Imaculada, assim cremos não é isto, como diz meu eterno pastor seu pai o digno e honrado homem de Deus Pr.Jabes Nogueira.
Pois bem, o colega se assim não se incomoda de chamá-lo, tenho a prerrogativa de conhece-lo, desde seus primórdios dias nos braços de sua genitora, inclusive o amado nos honra em nosso álbum de casamento datado de junho de 1976 como porta alianças. Assim dando uma síntese de suas origens, permita-me, o conheço nascido em uma denominação que também me originei, de credibilidade incontestável, que são os Batistas Brasileiros e outras histórias e dignificantes para o Brasil, e vossa Igreja que tive o privilégio de ser membro por longos 18 anos, sendo instruído e hoje inspirado pela batuta do seu honrado pai.
O que ocorre Pr.Jabes Filho, não aqui subestimando suas experiências ministeriais; mais há numa desenfreada e lamentável pulverização de ''Ministérios'', em nossa nação, que se dizem evangélicos, sem nenhum controle de algum órgão eclesiástico ou em última hipótese dos governantes, a coisa tem tomado proporções tristes e imprevisíveis, como afirmei no blog vtourinho.blogspot.com, que nestes casos específicos, homens e mulheres que sem nenhum preparo quer seja Teológico, Cultural ou o mais sublime Chamado para tal fim, se arrogam 'Lideres Espirituais'', e oriundo desta situação, estes tais arbitram regras, dogmas,e outras exigências pessoais aos seus liderados, e outras algumas outras lideranças do nosso meio tradicional, que transformam suas denominações em um verdadeiro imperialismo. Creio que estes que chamo de EMERGENTES, decepcionados com regras humanas, interesses próprios, egoístas etc., tem atravessado esta situação servindo ao Senhor fora dos arraias cristãos. Comparo estes lideres, posso estar errado no que II Timóteo 3.1-5. Tais pessoas emergem, se mudam, procuram soluções, querem servir a Deus, mais sob estritamente as instruções da Palavra de Deus e não indevidos segmentos pessoais e regras meramente de homens.
Não é seu caso e de outros, não estou a apoiar tal posição ''Os evangélicos fora das Igrejas'', mais será que algo que o amado felizmente não experimentou em vossa carne, os tais passaram ou estão passando?  Cabe a expoentes como o irmão e outros, oriundo de  denominações estruturadas, e de lares e Igrejas pastoreadas por verdadeiras lideranças, como nosso caso e outros fazer alguma coisa para reverter tal situação? Os 'chamados pastores'', estão ai, os autoritários também de plantão. Cabe ajudá-los com verdade em nossas mãos a Bíblia Sagrada e acima de tudo com terno amor que deve ser o ingrediente principal de um verdadeiro líder espiritual, para estancar esta sangria, assim denomino este fato incómodo para nós evangélicos.
Finalizo agradecendo sua posição, mais não considero permita-me, opinião pessoal, tal grupo ''Os evangélicos fora das Igrejas'', serem menores ou maiores do que os denominacionais, pois a nossa ancora o colega há de concordar, está no Eterno Sacrifício do Cordeiro Imaculado o Senhor Jesus. Cristo e não na bandeira terrena, provisória e passageira que tem seu valor, mais como uma mensagem sua que há alguns anos atrás  ouvir do Pr.Jabes Filho’Valores Relativos’’, lembra-se? O comentário que jamais fugirei minha missão é no intuito de despertar os irmãos e principalmente lideranças, para agir enquanto é tempo.

Um abraço fraternal em Cristo Nosso Senhor

Valdison Tourinho
Radialista e Pastor
Blog: vtourinho.blogspot.com

                             

Um comentário:

  1. Querido pastor Valdison Tourinho
    Recebi e li acurada e fraternalmente sua missiva. Antes de ir a ela deixe-me pontuar algo também. Realmente há aqueles que se auto-intitulam pastores e só nos trazem vergonha e vexame; o que indubitavelmente não é o seu caso. Então tê-lo na qualidade de colega de ministério apenas acrescenta valor à jornada cristã mútua. Também a citação de meu pai confirma o lastro social, eclesiástico, espiritual e ministerial que dá substrato a minha vivência.
    Quanto aos emergentes e "sem-igreja", cuja existência nos chamou a atenção os dados do IBGE e matérias jornalísticas, como afirmei no post que coloquei lá no blog (jnescrevinhando.blogspot.com), não vou entrar em discussão acalorada, pois acredito que posso contribuir mais significativamente de outra forma.
    Mas considerando a pertinência de suas palavras, deixe-me refletir um pouco. A desinstitucionalização da vida é um traço marcante da pós-modernidade e precisamos trabalhar com este conceito se quisermos que nosso evangelho continue relevante em nossa sociedade. Por outro lado, a alma humana continua carente de transcendência e este conceito está agora revivido na pós-modernidade, embora santos do passado como Agostinho de Hipona já o tenham preconizado. Mas creio que uma coisa não anula a outra. Então precisamos, em invés de escapulir das instituições ou minimizá-las, trabalhar para que a beleza da liturgia (palavras de Jaci Maraschin) revigore a multiforme graça em mistério, santidade e compromisso em nossa igreja.
    Inegável ainda é a presença de liderança impostora e incauta que se diz evangélica (cumprindo o que diz 2Tm 3:1-5), o que só adensa mais esta tendência emergente. Certo é que alguns muito mal têm feito a nossa fé – oro para que o Senhor tenha misericórdia deles – e por causa de tais é que fieis e honestos cristãos têm abandonado nossas fileiras. Sinceramente, não sei muito que fazer a respeito, apenas volto a dizer, oro por eles, mas também trabalho para que não seja seduzido.
    Sei que minha pouca e singular experiência ministerial não pode servir de parâmetro para julgamentos – longe de mim arvorar tal prerrogativa. Mas, como o irmão e colega, finalizo reafirmando minha posição: não estou entre os "sem-igreja". Não sou melhor ou pior que qualquer outro, apenas um alcançado pela compaixão divina comprometido com a história de minha fé.
    Em Cristo
    Jabes Nogueira Filho – pastor

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