sábado, 5 de novembro de 2011

Incubação


Incubação:Tempo que medeia entre o princípio de uma causa e a manifestação dos seus efeitos.
                                                          
Quando me propus a focar este tema, não foi com a intenção ou propósito de discorrer cientificamente sobre o assunto, pois não tenho formação na área e nem tampouco sou possuidor dos conhecimentos devidos para me atrever a dissecar um tema de tamanha complexidade e relevância. O sentido da abordagem da matéria é uma contribuição nestas simples linhas, para levar-nos a identificar possíveis sintomas, manifestações e causas no emocional de cada um de nós, das origens de um contraposto entre sofrimentos e felicidades, explicitados por tristezas e alegrias, que nesta vida acompanham-nos, em uma constante oscilação, a depender daquilo que permitimos se inocular em nossos corações, isto é, na alma sede dos sentimentos do ser humano, onde sutilmente se desenvolve o processo da incubação, advindos dos contágios com as boas ou más interlocuções sociais, que resultam em melancolia ou júbilo.
Há uma brincadeira que sempre as pessoas fazem umas com as outras, no intuito de estabelecer um clima de descontração e receptividade, visando instituir uma interatividade de bem estar através de uma comunicação, atrativa e amigável. Lançam a seguinte argumentação quando assim dizem: tenho duas notícias para lhes dar fulano, uma boa, e a outra ruim; qual quer ouvir primeiro a boa ou a ruim? Aqui sem a possibilidade do leitor se manifestar na escolha, optei iniciar pela má noticia, procedendo dessa forma uma reflexão mais contundente que desperte um místico de apreensão e interesse na continuidade da leitura deste artigo, e através dele fazermos uma profunda avaliação de nossa conduta em relação a Deus e ao próximo, e redirecionarmos os nossos procedimentos comportamentais no ambiente em que vivemos.
O ser humano por natureza curioso e ávido de ser conhecedor daquilo que de mais novo acontece ao seu redor, fato comprovado na compilação histórica de sua trajetória em diversos épocas e espaços geográficos tanto pelas narrativas bíblicas e seculares, pois a segunda corrobora a primeira, fazendo uma reafirmação de credibilidade e veracidade dos ensinos sacros. Fico a meditar como é que este animal racional, criado a essência espiritual de Deus, descrito em ‘’Genesis 1.27-A: Criou Deus, pois, o homem à sua imagem’’ isto significando ter este ser predicativos especiais, apesar de frágeis criaturas, mais dotadas de qualidades sublimes de Deus amoroso, cuidadoso, e bem presente em sua jornada orientando-lhes em cada passo de suas vidas. Sendo-lhes outorgado o livre arbítrio a opção de escolha, deixou-se levar-se pelos maléficos desejos e inclinações de si brotados, originário das bactérias do mal que sutilmente se instalaram em suas mentes e desceram aos seus corações e permitiram que tais organismos danosos se desenvolvessem de forma lenta e latente até manifestar as danosas conseqüências e seqüelas em suas vidas, refletidas também ao seu próximo, porque não procuraram o devido e eficaz antídoto no processo inicial de incubação em si instalado, o qual está na Palavra de Deus à disposição de todos sem distinção.
 Numa alusão em sentido abstrato do termo incubar, focado na figura alegórica de uma má notícia explicitada no parágrafo anterior, com o propósito de evidenciar os motivos e circunstancias dos conflitos e atritos sociais, atribuídos as más manifestações humanas, resultantes dos ditames do enganoso e perverso coração, que se expressa com nefastas atitudes e ações, e que provocam danos e doenças psicossomáticas em si e circunstantes, onde tais agentes necessitam de maneira urgente e inadiável de uma reciclagem nos parâmetros e metodologias em suas interatividades sócias. Desta forma alerta-nos para os devidos cuidados no monitoramento, manuseio e higienização das ferramentas e mecanismos na comunicação social, rechaçando todo e qualquer vírus de soberba, orgulho, arrogância e vaidade, abomináveis e destrutivos instrumentos demolidores dos relacionamentos humanos, gemes geradores de embates, pelejas, dissensões e barreiras no elo ligação entre indivíduos, que podemos classificá-los como algumas das obras da carne, descritas em Gálatas 5.19, o que leva o homem a ruína, se assim o mesmo perseverar nesta conduta.
 Prosseguindo no enfoque ilustrativo e usando a simbologia do uso da informação, que é sem dúvidas a comunicação, fator indispensável na construção e preservação de vidas, e na verdade fonte sustentável do desenvolvimento humano, desde que apropriemo-nos, com a boa noticia que é deixar-se contagiar pela excelente semente originária das Escrituras Sagradas, quando o Senhor Jesus disse em ‘’João 5.40: Contudo, não queríeis vir a mim para terdes vida’’ Convite a permitir que em si se apoderem organismos restauradores do caráter humano, deformados pela erosão dos bons princípios morais e éticos que deveriam nortear os procedimentos de condução individual, corroídos pelos vírus nocivos, emanados de uma sociedade disseminadora de uma pseuda independência das instruções, orientações e cuidados do seu Criador Supremo, e assim resvala-se no lamaçal de suas próprias concupiscências e paixões, como nos diz ‘’Gálatas 6.7: Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará”
Finalizo esta reflexão com a consciência tranqüila de que contribuir de uma forma elementar, visando atentarmos na livre escolha de que tipos de contágio querem ser possuidores? Pelos micróbios do egoísmo, da falsidade, traições e perturbações, ou queremos ser recuperados através da incubação dos bons costumes e atitudes espontaneamente a disposição dos que deles queiram se apropriar?
Autoria
Valdison Tourinho
Pastor e Radialista



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